domingo, 30 de novembro de 2008

O Tempo

É sempre muito bom ver, ouvir, ou meditar como um poeta...



Detenho-me às vezes
em líricas indecisões
o tempo corre
as folhas amarelecem caindo
as palavras amargam na boca
da viuvez da alma
por não rasgar a frágil teia que separa
o tempo corre
será de novo verão
as searas voltarão a aloirar
a alma afogueada então
a colher vermelhas cerejas carnudas de vida.


antónio paiva

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